quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Em defesa do Consumidor


A maior parte das plantações de soja no Brasil e E.U.A (de onde a importamos) a soja e o milho são modificados geneticamente, sendo que contêm genes de bactérias para lhes darem mais resistência aos pesticidas durante o cultivo, verifica-se também que, por vezes, as vacas, que produzem o leite que bebemos diariamente, são alimentadas de plantas transgénicas, para reduzir os custos, e ainda que os tomates vindos dos estados unidos possuem genes de peixes das águas geladas do Alasca, para lhes conferirem uma maior frescura e resistência durante o transporte, entre outros…

Existem milhares de produtos que todos nós temos em casa e consumimos diariamente que, por mais pequena que seja a quantidade, possuem componentes transgénicos. Como devem ter constatado, quando saímos para ir comprar algo, ao supermercado por exemplo, não conseguimos ter conhecimento (e pelo que se tem notado, nem queremos ter) quais os produtos que contêm estes componentes “não naturais”.
Suponha-se que queremos comprar uma simples pizza no supermercado. Esta tem inúmeros componentes, dos quais não sabemos a origem, se não vejamos, a farinha, para começar, pode ter origem transgénica, uma vez que é de trigo, depois temos o tomate que é posto na pizza, pode muito bem ser como aqueles acima mencionados, e podemos ainda por em questão o queijo utilizado, pois pode muito bem ser produzido a partir do leite de vacas alimentadas com transgénicos. Isto são algumas das muitas maneiras que os alimentos transgénicos têm de chegar a nossa casa, mesmo sem termos conhecimento disso.

Não deveríamos então ter conhecimento da origem dos produtos que chegam a nossas casas?

Note-se que não existem estudos científicos aceites, que provem que os transgénicos trazem consequências graves á saúde, assim como não existem estudos que nos provem que nos trazem benefícios, por outro lado, também não existe estudo que prove que estes não trazem consequências graves á saúde, nem estudos que provem que não traz benefícios, ou seja, encontrando este dilema de não ter provas se nos é benéfico ou maléfico, não temos o direito de optar por aquilo que queremos consumir? Não deveríamos ter direito a uma informação da origem dos produtos, para podermos optar por aceitar ou não aceitar os transgénicos em nossas casas?

Desde o ano de 2004 que entrou em vigor no Brasil a lei que obriga á identificação obrigatória nos rótulos dos alimentos, a sua origem transgénica, quando assim se verifica. Sendo assim, os produtos passam a ser marcados com um símbolo representado pela letra “T” quando possuem algum componente transgénico, por mais insignificante que seja a percentagem da sua quantidade no produto. Depois disto, em 2007, a União Europeia admitiu poder alterar a legislação sobre a rotulagem dos produtos, mas ficou-se por ai.

Posto isto, achamos que todos os cidadãos têm o direito de escolher se querem ou não consumir produtos transgénicos, e para isso iniciámos uma petição defendendo este direito á informação que, por lei, possuímos, com o objectivo de juntar cerca de 10 000 assinaturas e fazer com que cheguem á assembleia. Com a ajuda de todos, tentaremos ser ouvidos por todo o país, porque apesar de não se ter provas das consequências dos transgénicos, muitos de nós vão optar por não arriscar, ou não?

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domingo, 11 de janeiro de 2009

Em defesa da Natureza

Hoje em dia, o Homem usufrui das novas tecnologias de um modo significativo, aliando o seu vasto e crescente conhecimento científico à prática de diversas actividades que tendem a tornar a Natureza cada vez menos uma realidade. Contudo, este acto resulta em alguns benefícios para a sociedade e o indivíduo.

Quando dizemos «natural», referimo-nos àquilo que a Natureza nos dá, aquilo que ela impõe e a que nos expõe, aquilo que cada dia que passa tentamos modificar e melhorar com vista ao nosso benefício. Modificamos geneticamente os alimentos, como o milho e a soja, para resistirem às pragas e serem produzidos em maior quantidade. Alteramos o ADN de animais, como vacas e porcos, para que estes produzam mais proteínas para o consumo. Criamos ratos e coelhos fluorescentes, para. . .

Aqui, não pretendemos abordar os benefícios ou malefícios de conceber organismos geneticamente modificados, mas sim promover a discussão em redor da mais importante questão que se levanta do ponto de vista ético e moral:

Será correcto alterar aquilo que a Natureza nos impõe?

É obvio que obtemos alguns benefícios deste tipo de actividade (assim como alguns malefícios). Produzimos e criamos o que queremos, como se o papel da Natureza fosse insignificante quando equiparado ao domínio Humano. Mas, até que ponto é correcto modificar a Natureza?

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